quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Confiança da indústria atinge maior patamar desde julho de 2008, aponta FGV


O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, subiu 3,5% em dezembro ante novembro, segundo informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa é mais alta do que a apurada no mês passado, quando o ICI subiu 2,4% ante outubro.

O ICI é um indicador que utiliza para cálculo uma escala de 0 a 200 pontos, sendo que o resultado do índice é de queda ou de elevação se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente.

Os dados atualizados do índice mostram que, de novembro para dezembro, o indicador subiu de 109,6 pontos para 113,4 pontos, na série com ajuste sazonal. Segundo a fundação, este patamar da confiança da indústria é o maior desde julho de 2008, quando o ICI atingiu 113,7 pontos, na série com ajuste sazonal.

Na comparação com dezembro do ano passado, o ICI registrou alta de 54,2%, bem mais intensa do que a taxa positiva de 35,1% registrada em novembro, no mesmo tipo de comparação, nos dados sem ajuste sazonal.

O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que teve aumento de 3,5% em dezembro, após registrar alta de 2,9% em novembro, nos dados atualizados na série com ajuste sazonal. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas (IE), que também apresentou taxa positiva de 3,5% este mês, em comparação com a elevação de 1,8% em novembro.

Na comparação com dezembro do ano passado, nos dados sem ajuste sazonal, houve aumentos de 45,6% e de 64,9%, respectivamente para o índice de Situação Atual e para o indicador de Expectativas. O levantamento para cálculo do índice foi entre os dias 3 e 23 deste mês, com amostra de 1.110 empresas informantes.


Nuci


O Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria com ajuste sazonal alcançou 83,8% em dezembro, segundo a FGV. Em novembro, o Nuci atingiu nível de 82,9%, na série com ajuste sazonal. De acordo com série histórica fornecida pela fundação, em seu comunicado, o patamar de Nuci referente ao mês de dezembro é o maior, pelo menos, desde novembro do ano passado, quando o nível atingiu 83,6%.


A FGV recentemente atualizou sua série histórica do Nuci com ajuste sazonal, e disponibilizou em seu comunicado somente os dados desde novembro do ano passado. Ainda segundo a fundação, na série de dados sem ajuste sazonal, o nível de uso de capacidade em dezembro foi de 84,2%, patamar inferior ao apurado em novembro, quando atingiu 84,5%.

Fonte: Agência Estado




terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Presidente Lula é uma das 50 pessoas que moldaram a década, diz "FT"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi escolhido pelo jornal britânico Financial Times como uma das 50 personalidades que moldaram a última década.

Segundo o diário, Lula entrou na lista porque "é o líder mais popular da história do Brasil".

"Charme e habilidade política sem dúvida contribuem (para sua popularidade), assim como a baixa inflação e programas de transferência de renda baratos, mas eficientes", diz o jornal.

"Muitos, inclusive o FMI, esperam que o Brasil se torne a quinta maior economia do mundo até 2020, trazendo uma mudança duradoura na ordem mundial."

Vilões


Ainda no campo da política, o FT também destaca como as personalidades mais influentes da década o presidente do Irã, Mahmoud Ahamadinejad; o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; a chanceler alemã Angela Merkel; o ex-presidente e atual primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin; e o presidente da China, Hu Jintao.

O jornal selecionou também o que chamou de "alguns vilões" que acabaram por determinar o curso da história destes últimos dez anos, como o líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e o ex-presidente americano George W. Bush.

A lista do FT também inclui personalidades das áreas de negócios, economia e cultura. Muitas delas refletem o crescimento e o fortalecimento da internet e das novas tecnologias, como os empresários Jeff Bezos, da loja virtual Amazon; Meg Whitman, do eBay; Larry Page e Sergey Brin, do Google; Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams, do Twitter; Mark Zuckerberg, do Facebook; e Steve Jobs, da Apple.

Outras figuras foram eleitas pelo jornal britânico pelo mérito pessoal de terem se tornado ícones mundiais em suas áreas, como a escritora JK Rowling, autora dos livros do personagem Harry Potter; o jogador de golfe Tiger Woods; a apresentadora americana Oprah Winfrey; o diretor japonês de desenhos animados Hayao Miyazaki; o produtor de TV John De Mol, criador da fórmula do Big Brother; e os astros da música Beyoncé e Jay-Z.

"Listas como estas são subjetivas e, de certa maneira, arbitrárias, mas tentamos capturar indivíduos que tiveram um grande impacto no mundo ou em sua região - para o bem ou para o mal", explicou o jornal.


Fonte: UOL Notícias

Seguro-Desemprego: reajuste trará um impacto de R$ 1,5 bi aos cofres públicos


SÃO PAULO – O reajuste de 9,6774% no Seguro-Desemprego, concedido por meio de resolução do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) publicada na última segunda-feira (28) no Diário Oficial da União, causará um impacto de mais de R$ 1,584 bilhão aos cofres públicos nas parcelas de todas as modalidades do benefício.


De acordo com o Ministério do Trabalho, o aumento, que entrará em vigor a partir de janeiro de 2010, tem relação com o reajuste de mesmo percentual concedido ao salário mínimo pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de Medida Provisória assinada na última semana.

Cerca de 6,2 milhões de brasileiros devem receber o Seguro no próximo ano, totalizando R$ 17,9 bilhões em parcelas do benefício. Outros R$ 727,6 milhões estão previstos para o incremento do Abono Salarial, considerando a projeção de pagamento de benefícios no calendário 2009/2010.

Ao todo, esses valores corresponderão a um adicional de R$ 2,312 bilhões circulando na economia no próximo ano.

Calcule a parcela do seu benefício

Para saber o valor da nova parcela do Seguro, basta fazer as seguintes contas. Se a média dos três últimos salários for de até R$ 841,88, o valor da parcela do benefício será a média obtida multiplicada pelo fator 0,8.

Se a média dos três últimos salários estiver entre R$ 841,89 e R$ 1.403,28, o valor do Seguro será essa média multiplicada pelo fator 0,5. O resultado dessa multiplicação, neste caso, ainda deve ser somado a R$ 673,51.

Caso a média dos três últimos salários estiver acima dos R$ 1.403,28 o valor da parcela do benefício será R$ 954,21.

Fonte: UOL Economia

Índice que reajusta aluguéis fecha ano com deflação de 1,72%, diz FGV

IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), usado como base para o reajuste na maioria dos contratos de aluguel, registrou deflação de 1,72% no acumulado deste ano, revertendo a alta de 9,81% vista no ano passado --maior desde 2004 (12,41%). Trata-se da primeira deflação anual na série histórica iniciada em 1989.

Segundo os dados divulgados nesta terça-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas), que faz o levantamento, em dezembro o índice registrou queda de 0,26%, após alta de 0,10% em novembro.

A metodologia aplicada na apuração do IGP-M é a mesma do IGP-10 e do IGP-DI, também apurados pela FGV, com a única diferença de ter um período de coleta diferente. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Dentro do IGP-M, o IPA (Índice de Preços por Atacado) caiu 0,50% neste mês, contra uma ligeira alta de 0,08% em novembro. O índice relativo aos Bens Finais caiu 0,73% em dezembro. Em novembro, este grupo de produtos mostrou variação de 0,39%.

O destaque foi o subgrupo alimentos in natura (de 4,50% para -6,15%). Excluídos os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice caiu 0,25%, contra queda de 0,21% em novembro.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários caiu 0,22%, contra recuo de 0,18% em novembro. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou passou de alta de 0,13% para queda de 0,17%. Excluído o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice recuou 0,27%, ante queda de 0,21%, em novembro.

O índice de Matérias-Primas Brutas caiu 0,66% neste mês, contra ligeira variação positiva de 0,05% um mês antes. Os itens milho em grão (5,22% para -3,38%), cana-de-açúcar (4,36% para 0,71%) e suínos (4,61% para -3,48%) foram os principais responsáveis pela desaceleração do grupo. Já os preços de café em grão (-2,63% para 3,69%), aves (-0,91% para 2%) e leite in natura (-6,78% para -5,26%) aceleraram.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,20% neste mês, contra alta de 0,14% em novembro, com destaque para o grupo Alimentação (-0,11% para 0,05%), em particular os itens: frutas (-1,53% para 3,92%) e laticínios (-3,47% para -2,23%).

Também subiram os preços nos grupos Despesas Diversas (-0,23% para 0,20%), Vestuário (0,63% para 0,95%), Educação, Leitura e Recreação (0,27% para 0,32%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,12% para 0,13%), com destaque para os itens: cerveja (-0,21% para 2,43%), roupas (0,63% para 1,00%), passagem aérea (2,15% para 7,18%) e medicamentos em geral (0,11% para 0,28%).

Já os preços nos grupos Transportes (0,38% para 0,22%) e Habitação (0,24% para 0,21%) desaceleraram, com destaque para os itens: álcool combustível (6,09% para 1,67%) e tarifa de telefone móvel ou celular (1,33% para 0,05%).

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) subiu 0,20% em dezembro, acima do 0,18% visto um mês antes. Dos três grupos componentes, apenas Materiais e Equipamentos apresentou aceleração (de 0,08% para 0,21%). A taxa do grupo Serviços desacelerou (de 0,44% para 0,33%) e o índice que representa a Mão de Obra desacelerou (de 0,21% para 0,16%). Retrospectiva 2009

Fonte: Fundação Getúlio Vargas

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Orçamento para 2010 é aprovado na Câmara

Em duas Sessões Extraordinárias realizadas na última quarta-feira (23), os vereadores aprovaram o Orçamento para o ano de 2010. Do total de 43 emendas apresentadas, somente nove delas foram aprovadas. A mais polêmica, de autoria do vereador Severino Tarcício da Silva (Doda/PDT), que reduzia o percentual de livre remanejamento da administração em 10%, foi rejeitada, recebendo o voto contrário dos vereadores da base governista.

Das emendas aprovadas, as duas peças orçamentárias (PL e PPA), sete foram do presidente da Câmara, José Roberto Azzoline Soares (Alemão/PSB), uma da vereadora Maria Aparecida Pieruzi de Souza (Nêga Pieruzi/PT) e uma do vereador Geraldo Guedes (PR).
As emendas do vereador Alemão/PSB foram para a reforma administrativa na Câmara, atendimento de construção de habitações para moradores de área de risco/desocupação da Serra do Mar, construção e ampliação dos próprios públicos municipais, reforma de campos de futebol, quadras e campos society, aquisição de novas ambulâncias, bolsas de estudo, instalação de câmeras de monitoramento no município e conceder pró-labore (ajuda de custo) aos PMS e policiais civis lotados em Cubatão.
Já a emenda da vereadora Nêga Pieruzi (PT) destina-se à ampliação da atuação do Programa de Atenção à pessoa com deficiência e a emenda aprovada de autoria do vereador Geraldo Guedes (PR), destina-se a construção e ampliação de Edifício de Saúde Pública na UBS do Jardim Nova República. O vereador José Aparecido dos Santos (Dedinho/PSB) havia sugerido 21 emendas, mas as retirou antes da votação.

O orçamento previsto para o Município em 2010 será de uma receita bruta de R$ 866.017.700,00, quase R$ 70 milhões a mais que o deste ano, que foi de R$ 801 milhões 827 mil. De acordo com a descrição do Projeto dos R$ 790 milhões disponíveis, R$ 129 milhões vão para as autarquias municipais (Caixa e Fundo de Previdência dos Servidores e Companhia Municipal de Trânsito). Para a Câmara está previsto o repasse de R$ 34.534.227,00.

Reforma Administrativa no Poder Legislativo Cubatense

Também foi aprovada em mais duas sessões extraordinárias (23), por unanimidade, a reforma administrativa da Câmara de Cubatão. Serão extintos 52 cargos comissionados de um total de 89 e criados outros 32 através de concurso público. A medida atende a determinação do MP (Ministério Público).

O presidente desta Casa de Leis, José Roberto Azzoline Soares (Alemão/PSB) através de mensagem explicativa, afirma que o quadro de funcionários concursados está defasado e a reforma é necessária”, analisou.

O objetivo desta reforma no legislativo é assegurar os direitos dos servidores à carreira através das promoções, identificando vacâncias de cargos devido a aposentadorias e ascensões e a necessidade de novos cargos ou funções, nas divisões que estão defasadas , a exemplo da assessoria jurídica e dos serviços de informática.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Festival de Jesus integrará o Calendário Oficial do Município

Decisão parte da harmonia entre os Poderes Executivo e Legislativo cubatense




A prefeita Marcia Rosa de Mendonça Silva protocolou na Câmara Municipal Projeto de Lei que institui no calendário oficial do Município o Festival de Jesus, que será realizado anualmente, no período carnavalesco, pela comunidade da Igreja São Francisco de Assis, com apoio da Prefeitura de Cubatão.


A entrega do documento aconteceu na tarde desta terça-feira, dia 22, durante visita de cortesia da prefeita à Casa Legislativa, onde foi recebida pelo presidente, José Roberto Azzoline Soares (Alemão), e pelos vereadores Maria Aparecida Pieruzi de Souza (Nega), Paulo Tito, Adeildo Heliodoro (Dinho), Donizete Tavares do Nascimento, Geraldo Guedes, José Aparecido dos Santos (Dedinho), João Santana de Moura Villar (Tucla) e Severino de Oliveira Melo (Billa).

Este projeto substituirá o de autoria do presidente da Casa, que recebeu o veto da prefeita, por se tratar de um projeto de condição restrita ao Poder Executivo. Depois de amplo debate técnico sobre a constitucionalidade do projeto, a prefeita e o presidente do Legislativo acordaram que o anterior fosse mantido o veto e o atual seja reconhecido como de autoria do vereador Alemão.

Consultado pelo telefone, o padre Antonio Pereira Luz, pároco da Igreja São Francisco de Assis, da Vila Nova, idealizador do festival, aprovou o acordo e se prontificou a participar do ato da sanção, que deve acontecer o mais breve possível.

Festival – O Festival tem por objetivo aproveitar o feriado prolongado do carnaval para reunir participantes que desejam fugir da agitação dos bailes e desfiles carnavalescos, neste período. O evento que acontece a quase 30 anos em Cubatão, já é um dos maiores na comunidade católica da região.
 
 

Congresso aprova proposta de Orçamento para 2010

Em acordo de última hora, o Plenário do Congresso aprovou, na noite desta terça-feira (22), o Orçamento de 2010 no valor de R$ 1,86 trilhão. Descontados os investimentos e as despesas com a dívida pública, serão cerca de R$ 830 bilhões para os programas governamentais e transferências a estados e municípios. A matéria será enviada à sanção presidencial.


O acordo foi fechado cerca de meia hora antes do final da última sessão em que o Orçamento poderia ser votado neste ano. Uma das mudanças negociadas pelo governo e pela oposição, no substitutivo do relator-geral, deputado Magela (PT-DF), foi sobre o remanejamento de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O substitutivo autorizava o Executivo a transferir 30% de todos os recursos do PAC entre as obras, mas esse percentual foi reduzido para 25% dos recursos de cada obra.

Segundo a oposição, isso limitará um possível uso eleitoral dos recursos do programa, que conta com R$ 29,9 bilhões dos R$ 151,9 bilhões orçados para o investimento público em 2010 (equivalente a 4,6% do PIB projetado de R$ 3,32 trilhões). Em 2009, o governo foi autorizado a gastar R$ 27,9 bilhões no PAC.

As estatais responderão por 62% do total de investimentos (R$ 94,4 bilhões, contra R$ 79,9 bilhões autorizados para 2009). Dentro do orçamento fiscal e da seguridade, o montante de investimentos será de R$ 57,5 bilhões - contra R$ 54,5 bilhões permitidos para este ano.

Emendas de bancada

A segunda mudança acertada entre os líderes e Magela foi a transformação de todas as emendas de investimento do relator-geral em emendas de bancada. A distribuição será feita proporcionalmente às emendas já contempladas antes do acordo.


Agricultura e saúde


Outras negociações fechadas nesta terça-feira, ainda na discussão da matéria na Comissão Mista de Orçamento, viabilizaram recursos adicionais de R$ 1,7 bilhão para o Programa de Garantia de Preços Mínimos e de R$ 2,2 bilhões para ações de média e alta complexidade em saúde.

O programa de garantia tem o objetivo de assegurar os custos de setores produtivos agrícolas e, assim, não comprometer a renda familiar em caso de oscilação dos preços no mercado. O programa compensa as perdas dos produtores com concessão de bônus.

Salário


O texto aprovado prevê um salário mínimo pouco maior que o enviado pelo governo. Ele sairá dos atuais R$ 465 para R$ 510 no próximo ano - um reajuste nominal de 9,7%.

O reajuste adicional proposto pelo relator, em relação ao enviado pelo governo, vai elevar a despesa em quase R$ 874 milhões - para cada real de aumento, o gasto orçamentário sobe R$ 196,4 milhões.


Magela também reservou R$ 3,5 bilhões para o aumento real das aposentadorias e pensões dos 8,3 milhões de beneficiários do INSS que ganham acima do mínimo. Entretanto, o percentual de reajuste ainda não foi definido pelo governo.

A despesa com servidores públicos (civis e militares, da ativa e inativos) soma R$ 183,7 bilhões, um crescimento de R$ 691,6 milhões em relação ao texto original encaminhado em agosto pelo Executivo. Em 2009 a dotação autorizada para gastos com pessoal foi de R$ 169,1 bilhões.

Fonte: Agência Câmara


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Estudo revela 290 mil pessoas dirigem alcoolizadas por dia no País

Texto publicado em 07 de Abril de 2008 às 08h20


Estimativa do Ministério da Saúde indica que diariamente 290 mil pessoas dirigem alcoolizadas no País. A constatação tem como base o número de motoristas existentes nos registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a porcentagem de pessoas que reconheceram dirigir após a ingestão de quatro a cinco doses de bebidas alcoólicas no estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).De acordo com o estudo, o consumo abusivo de bebidas combinado com a direção é maior na capital do Tocantins. Em Palmas 4,5% das duas mil pessoas pesquisadas confessaram o costume. No Distrito Federal, o uso indevido de bebidas seguido do ato de dirigir automóveis atinge 3,5% dos entrevistados. A menor frequência foi no Rio de Janeiro (1%). O percentual geral para todas as capitais brasileiras foi de 2% da população.A associação álcool e direção é mais frequente entre homens (4%) do que entre mulheres (0,3%). Em todo o País, a população masculina de Teresina (PI) é a que mais bebe e dirige - 9,5% dos entrevistados. As mulheres do Distrito Federal, com 1,8%, e as de Palmas, com 1,6%, são as que mais ingerem bebida alcoólica e depois dirigem.De forma geral, a pesquisa indica que o consumo de álcool aumentou. Em 2006, quando o estudo foi realizado pela primeira vez, 16,6% consumiam bebidas alcoólicas - considerando cinco doses para homens e quatro para mulheres em uma mesma ocasião. Em 2007 a porcentagem subiu para 17,5%. Em São Paulo ficou em 13,4%, no Distrito Federal, em 18,6%, e em São Luís, em 23%.Na maior parte das outras capitais, a ingestão abusiva foi três vezes maior entre os homens (27,2%) que entre as mulheres (9,3%).“A quantidade de quatro doses para as mulheres e cinco para os homens é suficiente para a alcoolemia, estado no qual já se verifica toda uma alteração no sistema nervoso, nos reflexos e na visão”, afirmou a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde, Débora Malta, que comandou a pesquisa.De acordo com ela, um estudo realizado nos Estados Unidos apontou que em torno de 40% a 50% dos acidentes de trânsito estão associados a bebidas alcoólicas. “No Brasil, uma pesquisa de 2003 feita em quatro capitais mostrou resultados semelhantes, mas não temos dados mais recentes e abrangentes para demonstrar o alto índice de acidentes quando a direção é associada à ingestão de álcool”.Segundo a coordenadora, o consumo excessivo de álcool é também responsável por grande parte da violência doméstica – contra crianças e mulheres, principalmente. “Dessa forma fica comprovado que o álcool é nocivo tanto fora de casa, no trânsito, quanto dentro de casa, no seio das famílias”.Fonte: Agência Brasil.


Fonte: Agencia Brasil


Renda per capita do brasileiro vai chegar a US$ 10 mil

21/12 - 17:50 -


Uma década de crescimento. Depois de 30 anos, finalmente o País parece ter entrado numa fase sustentável de crescimento econômico, segundo economistas ouvidos pelo iG. Nesse novo cenário, projeções do banco americano BofA Merrill Lynch apontam que o PIB per capita brasileiro ultrapassará a casa dos US$ 10 mil ainda nos dois primeiros anos da nova década, saltando de US$ 7,9 mil, em 2009, para US$ 10,9 mil, em 2011.

“A possível década de crescimento reflete o amadurecimento gradual e testado de um modelo de gestão na área macroeconômica capaz de evitar as crises que periodicamente nos assolaram durante 15 anos ou mais”, diz Armínio Fraga, presidente do Banco Central entre os anos de 1999 e 2003, sócio da Gávea Investimentos.

Mercado consumidor ganhou 32 milhões de brasileiros em 5 anos


A década de crescimento trouxe importantes avanços no cenário econômico. Entre 2003 e 2008, cerca de 32 milhões de brasileiros ingressaram no mercado consumidor. Mais de 97 milhões de pessoas, ou 49% da população nacional, passaram a fazer parte da classe C, quando 25,8 milhões saltaram para a classe média.

O Brasil inicia a nova década com 35,5% da população com acesso à Internet, mais de 53 milhões de televisores vendidos, 23 milhões de máquinas de lavar, 2,5 milhões de veículos novos emplacados por ano e 150 milhões de telefones celulares.


Após voo da galinha e década perdida


Entre os anos de 2001 e 2008, a taxa média de crescimento do PIB foi de 3,63%. Na década de 1990, a década do “voo de galinha”, a alta tinha sido de 2,54%. Nos anos 1980, conhecidos como a década perdida, de 1,57%. Desde a segunda crise do petróleo, em 1979, o País não conseguia estabelecer uma década inteira de avanço econômico. Com PIB positivo desde 1993 e com tendência de nova alta para 2010, nem mesmo a esperada retração para 2009 é encarada como um problema nos fundamentos econômicos que ameaçam o crescimento, mas sim como reflexo da crise.


Segundo Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o fim do câmbio fixo, a inclusão das camadas mais pobres no mercado consumidor e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram os fatores que contribuíram para o crescimento da economia. “A crise de 1999 fez com que o Brasil abandonasse o regime de câmbio fixo, abrindo a possibilidade de o País voltar a exportar e recuperar o nível de emprego.”

Thaís Marzola, sócia da consultoria Rosenberg & Associados, afirma que, internamente, o País conseguiu uma estabilização graças ao tripé política fiscal responsável, regime de metas de inflação e câmbio flutuante. “O Brasil teve o mérito de ter a continuidade das políticas econômicas na transição política em 2002”, diz. “Institucionalmente, saímos fortalecidos.”


O mérito, no entanto, não foi exclusivamente da manutenção das políticas econômicas pelo atual governo. Simão Silber, professor da Universidade de São Paulo, diz que “o desempenho econômico não chega a ser uma década de ouro”, já que o cenário internacional era muito favorável. “Pegamos quase sete anos de céu de brigadeiro. As crises internacionais só voltaram em 2008”, diz.


Demanda chinesa


Puxadas pela demanda crescente da China, as exportações de commodities elevaram o saldo da balança comercial e ajudaram o País a equilibrar as contas externas. As reservas internacionais ultrapassaram a casa dos US$ 200 bilhões. O País conseguiu quitar as dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que se arrastavam há mais de 50 anos e, pela primeira vez na história, tornou-se credor da instituição, com empréstimo de US$ 10 bilhões, em 2009.

O Brasil também atingiu o status de “grau de investimento” e chegou a ser alçado à condição de “bola da vez” para os investidores internacionais. A revista britânica “The Economist” – uma das mais influentes do mundo – publicou em dezembro um especial, mostrando que o País pode chegar ao posto de quinta maior economia do mundo na próxima década, ultrapassando Itália, Reino Unido e França. “É possível”, diz Armínio Fraga. No entanto, ele faz um alerta: “Se não houver cuidado com a infraestrutura, a educação e o gasto público, é possível que a taxa de crescimento caia abaixo dos 4,5%”.

Para Marcio Pochmann, “dada a experiência histórica, só tem sentido sermos a quinta maior economia do mundo, se formos a quinta melhor sociedade”, afirma. “Ser a quinta economia com o grau de exclusão maior ou igual ao que temos atualmente é algo muito louvável somente para os que se beneficiaram do País.”


Fonte: Klinger Portella, iG São Paulo











segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Lula diz que não espera novas medidas tributárias para a economia em 2010

Porém, ele não descartou manter alguns benefícios fiscais já anunciados.


Ele disse que Previdência não pode pagar além do que tem a aposentados.


Questionado sobre o tema, Lula disse: “A manutenção dos incentivos fiscais anunciados depende de como vai ficar a economia em 2010. Vamos avaliar”. Sobre a possibilidade de novos mecanismos tributários para incentivar setores econômicos, Lula disse que não há essa intenção no governo.


Governo editará MP para dar aumento real para aposentados, diz ministro Governo publica decretos baixando IPI de carros 'flex' e móveis Veja os produtos que têm desconto no IPI


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“Nós anunciamos medidas para os setores que estavam com problemas. Espero que não façamos mais nenhuma em 2010”, disse Lula.

Aposentados


Lula também disse que o governo não pode conceder aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo um reajuste maior do que a Previdência Social suporta. Segundo o presidente, nesse caso, ele agirá como fez com seu filho, quando este tinha 12 anos. O presidente contou que o menino pediu para ir a Miami (EUA) com o restante da escola e ele disse que não poderia ir porque “o pai não tinha dinheiro” e não podia “fazer dívida para ele ir”.

“No meu governo os aposentados não tiveram um centavo de prejuízo, nós repusemos aos aposentados brasileiros aquilo que foi a inflação. E aqueles que ganham o salário mínimo tiveram um aumento substancial. O ideal seria dar tudo que as pessoas pedem a todos momento, porque é um discurso mais fácil, simples e tranqüilo. Ora, todo mundo sabe que a Previdência tem um limite, a Previdência tem uma arrecadação e a gente não pode pagar o que você não tem.Vocês pensam que tem algum brasileiro que gosta mais do trabalhador do que eu? Não existe. Não posso passar do limite do bom senso, para o bem deles, porque se a Previdência quebrar será mal para todos os brasileiros. O que tiver ao alcance da Previdência nós vamos fazer, mas sem nervosismo”, disse Lula.

Fonte: Jeferson Ribeiro - Do G1 - Brasília

Sexo e poder são os principais atrativos para recrutamento de jovens para o tráfico

A sensação do poder armado e a conseqüente facilidade de conquistar mulheres são os grandes estímulos que levam crianças, adolescentes e jovens a entrarem para o tráfico, já que a atividade não rende mais financeiramente o que rendia há alguns anos. Essa é uma das principais conclusões da pesquisa "Meninos do Rio: jovens, violência armada e polícia nas favelas cariocas", lançada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro. O estudo foi promovido pelo Unicef e coordenado pela cientista social Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes.

Em entrevista exclusiva para o UOL, a autora contou que a capacidade das armas de atrair meninas - as chamadas "Maria Fuzil" - surgiu como um comentário constante nas entrevistas feitas com jovens, mães, lideranças comunitárias e técnicos de projetos sociais do Complexo do Alemão e de favelas e bairros da Zona Oeste do Rio. Além de sete grupos focais, reunindo 87 jovens, técnicos e mães, foi realizada uma pesquisa quantitativa executada por 14 jovens que entrevistaram 241 rapazes e moças de 14 a 29 anos.

Outra revelação do estudo é que as razões alegadas para a entrada no tráfico são as mesmas que as de saída ou não entrada. "A única coisa realmente comum a todos os jovens que ingressam no crime é a presença de grupos ilegais armados na esquina de casa", diz Silvia. Para a pesquisadora, enquanto durar o controle territorial por traficantes e milícias em favelas do Rio, alguns jovens, mesmo sem convicção, vão "experimentar a vida".

Veja abaixo trechos da entrevista, feita no final de semana no Rio de Janeiro.



* O que estimula crianças e adolescentes a entrarem para grupos armados em favelas cariocas?


Silvia Ramos -Muitas vezes, as "causas" que explicariam porque um jovem entrou para o tráfico eram as mesmas que explicariam por que outro jovem não entrou. Famílias desestruturadas, falta de dinheiro, pais violentos, parentes envolvidos no tráfico... ouvimos de jovens que hoje estão na universidade que estas foram exatamente as razões para fugirem do crime e buscarem alternativas. As chamadas causas clássicas, sócio-econômicas, parecem hoje, mais do que em qualquer outro momento, muito frágeis para ajudar a compreender as forças que fazem de um trabalho que paga pouco e é perigoso ser ainda atraente para alguns.

* Então o que os leva a correr tamanhos riscos?


Silvia Ramos -A capacidade das armas para atrair meninas surgiu como um comentário constante não só de traficantes, ex-traficantes e jovens de projetos, como de mães e assistentes sociais que trabalham com jovens nas favelas. Luiz Eduardo Soares e outros autores já tinham chamado a atenção para os aspectos simbólicos, ligados à afirmação e à visibilidade, envolvidos nas dinâmicas da violência armada. Mas certamente o que há de mais comum em todas as histórias é a presença, dentro da favela, na esquina perto de casa, de grupos armados ostentando armas e "mandando no pedaço". Como a "experiência", o "ir e vir", é uma característica da juventude contemporânea, experimentar a vida no crime poderia ser apenas uma passagem. Mas algumas vezes a passagem é fatal e esse garoto mata, morre ou vai preso.

* Quais as principais conclusões do estudo?


Silvia Ramos -A conclusão principal é que é preciso ouvir os que estão no tráfico, os que saíram e os que trabalham no dia a dia das favelas com os jovens. Nós construímos estereótipos e certezas sobre o tráfico, as armas, as drogas e o crime, quando na verdade o mundo dentro dos grupos armados muda toda hora. Se quisermos entender o que está passando com esses meninos do Rio, precisamos ouvi-los. A segunda conclusão principal é: a única coisa realmente comum a todos os jovens que ingressam no crime é a presença de grupos ilegais armados na esquina de casa. Enquanto durar o controle territorial por traficantes e milícias em favelas do Rio, alguns jovens, às vezes sem muita convicção, vão experimentar "a vida", como eles dizem. Mas essa experiência às vezes é definitiva. Para o próprio ou para outro. O mesmo se passa com os carros, a velocidade, os esportes radicais, o risco e tantas coisas que "atraem" na juventude. Se não houver blitz, polícia, pardal e multa impedindo que um garoto pegue o carro do pai e acelere a 120 por hora numa curva, alguns jovens sempre vão "experimentar" essa sensação de perigo. E alguns vão matar e morrer.

* Quem são as principais vítimas e autores da violência letal no Rio de Janeiro e qual a relação com o foco do estudo?


Silvia Ramos -Morrem 50 mil pessoas aproximadamente por ano no Brasil vítimas de homicídio. Nossa taxa de homicídios é a sexta maior do mundo, com 26 por 100 mil. Nossa taxa de homicídio de jovens de 15 a 24 anos é a quinta maior, chegando a 50 por 100 mil. No Rio de Janeiro, tomando apenas os jovens, a taxa ultrapassa os 100 por 100 mil. Quando olhamos apenas para os jovens do sexo masculino negros e pardos aos 23 ou 24 anos, a taxa de homicídios do Rio chega a 400 por 100 mil. No Rio, a morte violenta tem cara, cor e endereço: é um rapaz negro morador de uma favela, ou de um bairro da Zona Oeste, usando bermuda e boné. Os autores desses homicídios - ainda que não existam estatísticas para comprovar - são predominantemente jovens envolvidos em dinâmicas de grupos armados, em geral traficantes de drogas, que vivem nas favelas. Mas não só: no Rio, a polícia mata mais de 1000 pessoas a cada ano. Sempre nas favelas e bairros pobres. Por isso o foco do estudo foram as favelas e bairros da Zona Oeste do Rio.

* O que se pode fazer para mudar esse cenário?


Silvia Ramos -Cabe ao governo e à polícia retirar os grupos armados que dominam áreas da cidade pelos fuzis e granadas. Cabe a nós, como sociedade, pensar em alternativas para rapazes que tiveram passagens pela vida de bandidos, em geral têm baixa escolaridade, mas desejam experimentar a "emoção de fazer parte da sociedade" ou de "andar livremente por Copacabana, Ipanema e Leblon, de cabeça erguida", como disse um jovem que saiu do tráfico e há um ano tem sua carteira assinada por meio de um projeto do AfroReggae. O AfroReggae está fazendo hoje, com mais de uma centena de jovens, aquilo que os governos deveriam se preocupar em fazer com milhares de garotos que estão nas favelas ou saindo das prisões.

* Por que alguns saem do crime e outros não?


Silvia Ramos -Um disse que a namorada engravidou e ele precisava arrumar a vida. Outro disse que pensou na mãe, outro que viu um amigo sendo morto. Muitos disseram que a vida no tráfico é muito dura - 12 horas de trabalho, ganhando pouco, sob muito risco e ninguém fica rico. "A gente cansa, a ilusão acaba", disseram. O fato é que, com algumas exceções, quase todos os rapazes que hoje se encontram no tráfico aceitariam experimentar um emprego com carteira assinada e largar as armas. Poder circular livremente pela cidade é uma atração muito forte para garotos que têm armas, algum dinheiro e "fama" na favela, mas não podem levar a namorada ou o filho ao shopping mais próximo. Poder dormir uma noite inteira sem pensar que a polícia ou o "alemão" pode entrar, é um sonho que os que estão segurando as armas referem permanentemente.

* Existem jovens que vivem uma "vida dupla"?


Silvia Ramos -Essa é outra novidade que encontramos. As identidades não são sempre puras, como "traficante", "estudante", "trabalhador", "bandido" ou "otário". Alguns garotos quando voltam da escola trabalham algumas tardes da semana na "endolação" (embrulhando as drogas), alguns trabalham de dia numa empresa e à noite ou no fim de semana prestam serviços para a boca. Outros são traficantes profissionais, mas paralelamente têm seus negócios inteiramente legais na favela. Se os negócios derem certo, planejam "sair do crime". Em resumo, as identidades instáveis, mutantes - ou as trajetórias ioiô, como denomina José Machado Pais - e a recusa aos rótulos também ocorre atualmente entre jovens de favelas e não só entre jovens de classe média.

* Como é a hierarquia e a dinâmica no tráfico?


Silvia Ramos -A situação do tráfico nas favelas cariocas é bastante heterogênea. Não há mais padrões salariais, hierárquicos ou funcionais rígidos e a mudança ocorre não apenas de uma favela para outra, mas de uma semana para outra na mesma boca de fumo. O que predomina na maioria das comunidades é uma sensação de instabilidade, com chefes sendo mudados às vezes em semanas e muitos garotos novos tendo "muito poder", segundo palavras de traficantes e ex-traficantes entrevistados. Outra mudança importante é a mistura da função de traficante e de assaltante. É comum, em algumas favelas, que o traficante "vá para a pista" roubar, quando o movimento das drogas está fraco. Isso no passado era inconcebível e poderia custar a vida de quem desobedecesse.

* E o crack?


Silvia Ramos -Ouvimos muitas reclamações e comentários indignados, inclusive de traficantes, sobre a entrada do crack e o estrago e degradação que está causando em algumas áreas.

* O que mais mata os integrantes de grupos?


Silvia Ramos -Quando imaginamos as mortes nos grupos ilegais armados, sejam traficantes ou milícias, pensamos em grandes confrontos, onde o opositor é um policial ou um bandido de outra facção. Mas na prática mortes acontecem o tempo todo dentro dos grupos, por ciúmes, inveja, tensões interpessoais, familiares, namoros e às vezes por brigas típicas de adolescentes. A proximidade das armas contribui ainda mais para uma cultura masculina que naturaliza a resolução de conflitos na base do tiro. Um ex-traficante contou que era o "frente" da favela. Um garoto da boca foi pra rua e voltou com uma "twister", um tipo de moto. O frente pediu para dar uma volta, o garoto que trouxe a moto não deixou, disse que ele que roubou, a twister era dele. O "frente" disse: "tu tá pensando que tá falando com quem?" E disso desenvolveu-se uma disputa de "autoridade" que teria sido resolvida à bala se o garoto não tivesse cedido a moto. Típica briga de adolescentes. De fato, Alba Zaluar, nos primeiros estudos sobre os grupos armados - gangues, quadrilhas e galeras - chama atenção para este fato. Mas nas condições atuais, de crise e desorganização das bocas de fumo, há uma radicalização das decisões tomadas na base de disputas insanas e um aprofundamento da cultura da morte. Eu pessoalmente estou convencida que boa parte das "invasões" e tentativas de "tomadas" de territórios entre facções ou em confrontos com a polícia, que provocam tiroteios toda hora, mortes, perdas de armas, munições, dinheiro e drogas para os grupos... isso tem muito pouco de racionalidade econômica. O que predomina é uma lógica de gangue.

* E as milícias, também reagem na base do tiro?


Silvia Ramos - Essa foi também a reação inicial das milícias quando finalmente a polícia resolveu combatê-las, no início do governo Sergio Cabral: jogaram bombas em delegacias, ameaçaram autoridades, executaram policiais, aumentaram as mortes. Mas passados quase três anos, tudo indica que vários grupos de milícia respondem com maior racionalidade econômica às investidas da polícia e tendem a se tornar menos visíveis no território, menos ostensivos e mais silenciosos, para manter a venda de sinal de televisão, gás, participação no transporte etc. O fenômeno é relativamente novo e não é possível ainda definir uma tendência definitiva, mas parece que a incapacidade dos grupos do tráfico de adaptar a venda das drogas no varejo a um modelo que não dependa do controle territorial armado - modelos que predominam em todas as outras cidades do Brasil - será uma das causas de sua decadência em várias favelas do Rio.


Fonte: Marine Lemle - UOL Notícias - Rio de Janeiro

O fracasso do clima ou o fracasso permanente das políticas sociais

A imprensa divulga que a COP 15, a conferência sobre as mudanças climáticas, realizada em Copenhague, com participação de 193 Estados, fracassou, atribuindo responsabilidades a este ou aquele país e/ou a este ou àquele “líder”. O que fracassou – há muito tempo – é a idéia de implementação de políticas sociais públicas, que foram substituídas, em quase todos os países, pelas leis globais de mercado e pela venalidade de seus governantes. A ONU, patrocinadora do evento, foi criada logo após a Segunda Guerra e perdeu, com a presidência de George Bush (2000-2008), mas não só em função dela, sua tépida capacidade de mediar conflitos.

Há 30 anos pelo menos há um ataque permanente a qualquer ideia de Estado social. Nunca houve políticas públicas reais para preservação do meio ambiente, considerado infinito em seus recursos. O significativo aumento da pobreza no mundo foi ignorado pelas elites financeiras. Preservar o meio ambiente é, entre outras coisas, fazer planejamento urbano adequado. Cito o caso concreto da cidade de São Paulo, onde os cidadãos atingidos pelos alagamentos, causados pelas chuvas, não compreendem sequer suas razões, tais como canalização excessiva dos rios, para fomento da indústria do automóvel, ausência de políticas habitacionais, o desemprego, a ínfima rede de transporte coletivo etc. São Paulo é uma cidade sem pé nem cabeça, regida por corretores imobiliários, jamais contidos pelo Estado – ao contrário. O desprezo por políticas sociais, pelo ser humano, pela vida, mero instrumento de makerting, é a principal questão e se inclui na esfera dos direitos humanos e direitos dos animais.

O “fracasso” não se deu agora. Entretanto, a imprensa é, de um modo geral, pautada por efemérides – registro dos acontecimentos realizados no mesmo dia do ano, em épocas diferentes. Exemplos recentes; um ano da eleição de Barack Obama, 20 anos da queda do Muro de Berlim, 10 anos da morte do poeta João Cabral, 50 anos da Declaração dos Direitos do Homem e assim por diante. Essa falta de ousadia traz o passado para o centro do presente, que passa, na verdade, despercebido, sem ser enfrentado. Vive-se em uma era conservadora. Há outra acepção de efemérides: notícias diárias, ou seja, um acúmulo acrítico de informações, que deixa o leitor sem a explicação do fato, que o mantém alheio às causas, atirando-lhe aos olhos os efeitos. Acompanhamos os efeitos.

A reunião de Copenhague mostrou, por outro lado, o dissenso entre as elites governantes (e os empresários imediatistas) e a democracia, em crise aguda. Os representantes do “povo” não o representam, mas, apenas a si mesmos (exemplo local: os vários mensalões) e às empresas, para as quais a única lei que existe é a do mercado – a principal causa da degradação social e ambiental – já quase irreversível. De acordo com o bispo sul-africano Desmond Tutu aqueles que tomam as decisões sobre como reagir às mudanças climáticas são os mesmos que a causaram.

Aponto como razão deste fracasso outra anterior: a ONU não trabalhou, como deveria tê-lo feito, a tópica das regras transnacionais de caráter obrigatório: leis internacionais, sufocada pela Guerra Fria. Só a economia predadora está globalizada. O egoísmo soberanista (diverso da soberania de um Estado) e o nacionalismo estreito – sobretudo dos norte-americanos e agora dos chineses – inviabiliza a criação de um código internacional para o meio ambiente. Governos neofascistas como o do Irã ou de Israel igualmente o inviabilizam, com seus programas nucleares. Oligarquias corruptas, que aprisionam seus países, também o inviabilizam etc. Nenhum país rico quer renunciar às suas hegemonias. Não há qualquer perspectiva de lei internacional vinculante, mas, apenas a lei do mercado, que propõe que os países – como os Estados Unidos – saiam do crash de 2008, com o mesmo modelo econômico anterior, em outras palavras, saiam da recessão “tecnicamente”, com muito mais pobres. No Brasil, nunca se venderam tantos automóveis, sem qualquer contrapartida ecológica das montadoras. A China não abre mão de seu modelo de crescimento destrutivo. E assim por diante. Somente a União Europeia tem tradição de trabalho com leis transnacionais. A minoria continuará a viver em suas “Bushvilles”, enquanto a maioria sofrerá, como em São Paulo, com as enchentes e fenômenos muito piores.

O clima e a poluição são universais, mas, a política local. Pela primeira vez, a humanidade vê-se ante de uma ameaça universal, como aponta o filósofo Daniel Inneraty. Acrescento: com respostas conservadoras, de manutenção do atual modelo capitalista. Entretanto, dada a sua gravidade e seu poder letal, a morte da terra desmascara a democracia formal (população excluída), a insuficiência da ONU e de suas declarações “programáticas”, o neocolonialismo (os Estados Unidos são os maiores emissores de CO2, mas, o Congo sofre impotente suas consequências), falsos líderes, e expõe a necessidade de uma radical e nova mudança, mudança da economia irresponsável da onipotência para a da escassez. Concluo com Inneraty: “as negociações sobre o aquecimento global são tão importantes que ninguém pode se dar ao luxo de instalar-se em suas próprias posições”. Copenhague demonstrou que talvez elas se façam e cheguem tarde demais.

Fonte: Régis Bonvicino

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Quase 10% de estudantes de 13 a 15 anos já usaram drogas, segundo dados do IBGE

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Quase 10 por cento dos estudantes com idade entre 13 e 15 anos, que vivem nas capitais brasileiras e Distrito Federal, admitiram que já consumiram drogas pelo menos uma vez, segundo pesquisa inédita divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE.

A Pense -- Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizada pela primeira vez este ano -- apontou que 8,7 por cento dos estudantes das escolas públicas e privadas do 9o ano do ensino fundamental usaram algum tipo de droga ilícita como maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume e ecstasy.

A pesquisa também indicou que 71,4 por cento dos alunos dessa faixa etária já experimentaram bebida alcoólica, dos quais 27,3 por cento disseram ter consumido nos 30 dias anteriores ao estudo.

A maioria consumiu em festas, mas quase 20 por cento deles disseram que compraram a bebida em uma loja, bar ou supermercado.

"A partir das pesquisas vamos aperfeiçoar as nossas políticas. O álcool nos preocupa, bem como o uso de drogas. Lançamos uma campanha de mídia enfocada no (combate ao) crack, que é uma droga perigosa, barata, penetrando na classe média e cria uma dependência rápida com efeitos dramáticos sobre a mente e o corpo dos usuários", disse a jornalistas o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao comentar os resultados da pesquisa.

"Sou totalmente a favor da regulamentação da publicidade sobre bebida alcoólica. Essa pesquisa mostra que há de fato uma indução precoce ao consumo abusivo de bebida alcoólica por conta da publicidade", acrescentou o ministro.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os estudantes do sexo masculino usam mais drogas ilícitas que as meninas.

O consumo de cigarro ao menos uma vez foi admitido por 24,2 por cento dos escolares, sendo que 6,3 por cento dos entrevistados admitiram ter feto consumo nos dias 30 anteriores.

A pesquisa mostrou ainda que cerca de um terço (30,5 por cento) dos alunos com idade entre 13 e 15 anos já mantiveram relação sexual alguma vez, sendo que 43,7 por cento eram homens e 18,7 por cento meninas.

A iniciação sexual na adolescência é maior nas escolas públicas ( 33,1 por cento) do que nas privadas das capitais do Brasil

Os jovens entrevistados revelaram que têm o hábito de usar preservativo nas relações sexuais. O IBGE pesquisou que 75,9 por cento disseram que usaram preservativo na última relação sexual, sendo que em São Luís, apenas 68,3 por cento utilizaram e, em Rio Branco, no Acre, a frequência foi de observada em 82,1 por cento

A pesquisa do IBGE estimou que cerca de 618 mil jovens com idade entre 13 e 15 anos estavam matriculadas em uma escola pública ou privada nas capitais brasileiras e no Distrito Federal.

Fonte: Reuters(Por Rodrigo Viga Gaier)

"Estou rindo para não chorar", diz Lula após reunião com líderes em Copenhague

O presidente Lula deixou a reunião dos principais líderes presentes na conferência climática da ONU sem dar declarações sobre os resultados do encontro, informou o noticiário da Globonews.

"Estou rindo para não chorar", disse Lula à imprensa presente na cúpula do clima de Copenhague antes de ir embora, sem dar detalhes sobre qualquer acordo.

Lula e Sarkozy convocam reunião para salvar acordo climático


"Não podemos esconder cartas na manga", diz Lula em Copenhague


Lula rechaça responsabilidade de países pobres no clima e cobra ricos

Brasil e França tentaram na noite desta quinta-feira (17) retomar o controle da cúpula do clima de Copenhague ao pedir uma reunião dos principais líderes presentes na conferência climática da ONU. O encontro teve um tom emergencial, já que os países ainda não fecharam o acordo climático, objetivo central da cúpula.

O pedido da reunião foi feito antes da chegada do presidente Barack Obama à capital dinamarquesa.

Lula (esq.) e presidente francês Nicholas Sarkozy (dir.) convocam reunião de emergência para tentar salvar negociação da cúpula


"É preciso mudar de rumo... ou vamos direto para a catástrofe", disse o presidente francês Nicolas Sarkozy, antes de pedir aos países participantes, principalmente aos EUA e à China, que fizessem concessões necessárias a um acordo.

Nesta reunião, Brasil e França levaram em conta dois projetos de texto que já estão sobre a mesa. O primeiro estende, a pedido dos países em desenvolvimento, o protocolo de Kyoto que concerne os países industrializados, com exceção dos EUA que não o assinaram.

O outro projeto tem a ver com todos os países. Ele foi redigido pelo maltês Michael Zammit Cutajar, que dirige as negociações sobre as ações em longo prazo.

Durante o intervalo da reunião, o ministro do meio ambiente, Carlos Minc, afirmou em entrevista à Globonews que os líderes presentes discutiram a elevação do corte de emissão de gases-estufa pelas nações desenvolvidas de 50% para 80% até 2050 -- o corte médio seria de 50%.


Fonte: Folha Online

Taxa de desemprego tem queda de 7,4%, a menor do ano

IBGE

A taxa de desemprego recuou para 7,4% em novembro, na terceira queda mensal consecutiva do indicador, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do mês passado consolida a tendência de queda do desemprego que, este ano, teve sua última alta em agosto, quando a taxa ficou em 8,1%, 0,1 ponto percentual acima da registrada em julho.

Em outubro, a taxa de desemprego ficara em 7,5%. Em novembro do ano passado, era de 7,6%.

De acordo com os dados do IBGE, a taxa de desemprego do mês passado é a menor do ano. A taxa também é a menor para um mês de novembro desde 2002, quando teve início a série histórica do instituto.


O número de desempregados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre) foi calculado em 1,7 milhão, estável em relação ao mês anterior. Apenas no Rio de Janeiro houve queda de 20,8% na comparação com novembro de 2008.

Tanto na comparação com outubro quanto em relação a novembro do ano passado, o contingente de ocupados também ficou estável, em 21,6 milhões. Segundo o IBGE, houve variação significativa apenas em Salvador, onde a população ocupada cresceu 3,6% na comparação anual.

Rendimento

No mês passado, o rendimento médio mensal recebido pelos trabalhadores foi estimado em R$ 1.353,60, estável em relação a outubro (R$ 1.354,74). Frente a novembro de 2008, houve alta de 2,2%. O rendimento médio domiciliar per capita subiu nas duas comparações: 0,9% frente a outubro e 4,9% ante novembro de 2008.


Em outubro, a massa de rendimento real efetivo da população ocupada foi estimada em R$ 29,4 bilhões, uma alta de 0,5% em relação a setembro e de 3,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Fonte: G1

Uma em cada três praias da Baixada Santista e do litoral norte foi considerada imprópria

Balneabilidade

Pelo menos metade do esgoto produzido nas 13 cidades do litoral paulista é despejada sem tratamento no mar e no lençol freático, com a contaminação por meio de fossas sépticas. Isso equivale a 1,5 mil litros de esgoto por segundo, o suficiente para encher em uma hora duas piscinas olímpicas, de 2,5 milhões de litros cada uma. Hoje, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) cobre 53% da Baixada Santista e 35% do litoral norte.

Nesta semana, uma em cada três praias da Baixada Santista e do litoral norte foi considerada imprópria pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) - situação que deve ficar mais crítica nas próximas semanas com a invasão de turistas. Em Santos, todas estão com bandeira vermelha.

Cinco praias que apresentaram concentração de bactérias por causa da poluição estão em Ilhabela, cidade com o pior porcentual de atendimento da Sabesp. Ali, a rede de esgoto não ultrapassa os 4% de cobertura.

A maioria das casas recolhe o esgoto em fossas sépticas, pouco seguras para terrenos arenosos como os do litoral, em que as águas subterrâneas facilmente se deslocam entre os reservatórios contaminados e o mar. “Essa é uma solução que pode funcionar em áreas adensadas e com manutenção rigorosa”, afirma o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Raul Pinho. “Mas sabemos que não é a situação do litoral. Mesmo o que está na fossa acaba no mar.”

Até o ano que vem, a Sabesp deve ampliar a coleta de esgoto na cidade para 36%. “E tudo que for coletado será tratado”, diz José Bosco de Castro, superintendente da companhia no litoral norte. A empresa diz que está investindo na ampliação do sistema já para a próxima temporada. Até 2015, a cobertura deve chegar a 85%. “Enfrentamos dificuldades como a ocupação desordenada, áreas de proteção, construções próximas de córregos e rios”, afirma Castro.

Defesa

Com o Programa Onda Limpa, iniciado em 2007 na Baixada Santista, a Sabesp afirma investir R$ 1,5 bilhão na ampliação da rede de esgoto das 13 cidades do litoral paulista. A maior parte do investimento (R$ 1,2 bilhão) é destinada à Baixada, onde em janeiro serão inauguradas sete novas estações de tratamento de esgoto.

De Bertioga a Peruíbe, a rede da Sabesp tem hoje uma cobertura de 53%. E com o programa concluído deve chegar aos 95%. Nas quatro cidades do litoral norte, até agora, foram investidos R$ 300 milhões. As informações são do Jornal da Tarde

Fonte: Agencia Estado

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Cubatão garante liberação de R$ 8.9 milhões em verbas estaduais e federais

Publicado quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


Cubatão -O Governo Municipal garantiu, este ano, R$ 8.897.516,00 destinados a Cubatão por emendas parlamentares ou convênios estaduais e federais, dinheiro que será aplicado em projetos diversos, que vão de urbanização à construção e reforma de prédios públicos, além de aquisição de equipamentos para programas de saúde, ambientais, sociais e educacionais. Parte dos processos relacionada a esses convênios e emendas foi iniciada na administração anterior, mas não teve continuidade. Em alguns casos, a Prefeitura estava ameaçada de perder os recursos estaduais ou federais. Os processos foram retomados no início deste ano.

Agora, essas verbas estão devidamente asseguradas, e até já se prepara a assinatura dos contratos de obras, como é o caso da que se refere à urbanização da Praça Princesa Isabel e seu entorno, na área central, no valor total de R$ 635.760,00. Deste total, R$ 245.760,00 foram obtidos diretamente junto ao Ministério do Turismo e o restante, R$ 195.000,00, proveniente do Ministério das Cidades, mais R$ 195.000,00 em decorrência de emenda do deputado federal José Eduardo Cardozo (PT).

Estão garantidos, também, recursos do Ministério das Cidades, via emenda parlamentar, no valor de R$ 1.669.000,00, para as obras de macrodrenagem do Vale Verde.

Do total de recursos decorrentes de emendas e convênios, R$ 4.887.711,00 tem liberação aprovada em curto prazo. O Governo Municipal assegurou a continuidade dos processos relacionados a outros R$ 4.010.000,00. Alguns desses processos estavam parados há pelo menos 18 meses.

Dos R$ 8.897.516,00 garantidos este ano, R$ 4.957.500,00 são de emendas parlamentares (R$ 2.160.000,00 estaduais e R$ 2.797.500,00, federais) e R$ 3.940.016,00 de convênios ( R$ 1.376.000,00 estaduais e R$ 2.564.016,00 federais).

Departamento - A garantia das verbas foi possível devido á reestruturação, este ano, na Secretaria Municipal de Finanças, do Departamento de Convênios, o qual, com ações coordenadas com os Departamentos de Obras Publicas e de Planejamento Urbano, tem a atribuição de acompanhar atentamente todos os processos relacionados à destinação de recursos para Cubatão, nos âmbitos estadual e federal.

Mais: o DC rastreia verbas e projetos nas duas esferas, orientando as secretarias municipais sobre o melhor procedimento técnico para conquistá-los, bem como sobre a elaboração de propostas que justifiquem o atendimento das demandas por parte das esferas de Governo, além de manter contatos com parlamentares na fase de elaboração de orçamentos (da União e do Estado) a fim de solicitar-lhes emendas que beneficiem Cubatão.

O Departamento também articula a apresentação de propostas aos programas apresentados pelos governos Estadual e Federal. Este ano, o Departamento de Convênios foi responsável pelo envio de 250 ofícios pleiteando verbas da União e do Estado nos orçamentos de 2010.

"O Departamento de Convênios não é mais um simples prestador de contas de verbas obtidas por convênios ou emendas. Ele trabalha ativamente na busca dos recursos disponíveis nos governos Federal e Estadual", explicou o coordenador do órgão, Vagner Ferreira de Freitas.

Funcionando em uma sala anexa à do gabinete do secretário de Finanças, que coordena os trabalhos de perto, o Departamento mantém-se permanentemente atualizado sobre o andamento dos processos. O acompanhamento é diário, em mapas afixados nas paredes e planilhas eletrônicas, atualizadas periodicamente. Cada processo, proposta ou convênio possui uma pasta. "Nós sabemos todos os passos do processo na esfera federal e estadual e constatamos a tempo se falta algum documento da Prefeitura, se já houve liberação ou, em caso negativo, porquê", afirmou Vagner.

Essas informações, conforme o coordenador, são repassadas aos secretários municipais, a fim de que forneçam as informações necessárias ou preparem-se para a fase executiva dos projetos. "Desta forma, reduzimos a possibilidade de perdermos, no futuro, recursos por não cumprimento das exigências dos órgãos do Estado ou da União, como já ocorreu no passado", concluiu.

Fonte: Jornal da Baixada

Começam a operar novas praças de pedágio em SP

Tarifas, cobradas pela Concessionária Auto Raposo Tavares (CART), vão de R$ 3 a R$ 5 por eixo




A Concessionária Auto Raposo Tavares (CART) começou ontem (15) a cobrar pedágio nos trechos que opera no estado de São Paulo. Segundo a concessionária, a tarifa já está sendo cobrada nas praças de Piratininga, Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos. As duas primeiras na rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP 225) e a terceira na rodovia Orlando Quagliato (SP 327).


Hoje (16), o pedágio deve começar na rodovia Raposo Tavares (SP 270), nas praças de Palmital, Assis e Rancharia. Para amanhã (17), está previsto o início de operação da praça de Regente Feijó e das novas praças de Presidente Bernardes e Caiuá, que até a concessão eram administradas pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem).

Em todas as praças, a cobrança é nos dois sentidos. A tarifa, segundo a CART, é definida conforme a distância de uma praça à outra e o tipo de pista no local. Por isso os valores são diferentes.


Com a entrada em operação das novas praças, as motocicletas passam a pagar pedágio nas rodovias do Corredor Raposo Tavares. Os únicos veículos isentos do pagamento são as viaturas policiais, ambulâncias, veículos oficiais do Estado de São Paulo e veículos de serviço da concessionária.


SEM PARAR


Todas as praças de pedágio são equipadas com o “Sem Parar”, serviço de cobrança eletrônica em que o usuário não precisar efetuar o pagamento na cabine.


Fonte: cargapesada.com.br

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Emprego Público representa 21% do total de vagas formais

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou nesta terça-feira (15) um estudo que mede a presença do Estado nas 5.564 cidades do Brasil. O levantamento mostra que dos cerca de 40 milhões de empregos formais existentes no país em 2008, 8,3 milhões eram ocupações públicas, ou seja, servidores municipais, estaduais ou federais da administração direta ou indireta. O número corresponde a uma parcela de 21% do total do país e, de acordo com o Ipea, cresceu nos últimos anos.


Para fazer a análise, o instituto de pesquisa reuniu dados já consolidados de outros órgãos do governo, como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ministérios e autarquias. Além do trabalho, o Ipea mediu itens como o acesso ao sistema de saúde público, onde não existe escola, bancos, entre outros.

Na questão do emprego público, o instituto avalia que o crescimento das cidades e o desenvolvimento do país justificam o “inchaço” das administrações públicas e faz comparação com países da Europa, em que o emprego público também corresponde a uma parcela significativa do mercado de trabalho, sem deixarem de ser competitivos economicamente.


No Brasil, a maior parte destes empregos públicos está concentrada no Sudeste, com 41%, e no Nordeste, com 26,5%. O Sul representa 14,6%, o Centro-Oeste 9,1% e o Norte 8,6%.

Já a proporção entre emprego público e ocupações formais é maior na região Norte (38,2%), seguida pelo Nordeste (33,1%), Centro-Oeste (29,3%), Sudeste (15,7%) e Sul (15,1%).


No que se refere à distribuição do emprego público nas esferas de governo, a esfera municipal concentra 53% dos empregos públicos, seguida pelas esferas estadual (38,2%) e federal (8,2%) e pelas empresas estatais (0,6%).

A divisão entre os três Poderes mostra que é no Executivo em que a maior parte dos empregos públicos estão concentrados, com 79% do total. O Legislativo reúne apenas 1,7% deste total e o Judiciário, cerca de 2,7%. Na administração indireta, estão cerca de 8% dos empregados do setor público de todo o país e as empresas estatais reuniam 8,4% do total de empregos públicos.

Fonte: Jornal Acontece/11/12/09

Mais de 1 milhão de veículos devem seguir para a Região


A Operação Verão no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) começa nesta sexta-feira e segue até 21 de fevereiro, com a estimativa de passagem de mais de 4 milhões de veículos em direção ao litoral paulista, segundo a concessionária Ecovias. O tráfego começará a ficar intenso na descida das festas de final de ano, quando são esperados cerca de 1 milhão de veículos.


Na semana do Natal, 390 a 490 mil veículos devem seguir às praias da Baixada Santista, enquanto no Ano-Novo a previsão é de 450 a 635 mil. De acordo com a concessionária, oss dias de maior movimento serão 29, 30 e 31 de dezembro para descida, e nos dias 1, 2 e 3 de janeiro para o retorno à Capital.

Conforme noticiou A Tribuna no último dia 11, a novidade deste esquema ficará por conta da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, que ganhará uma terceira faixa operacional de 16,5 quilômetros do Km 275 ao Km 292 para dar maior fluidez ao trânsito nos períodos de pico a partir deste final de ano.

O trecho vai do bairro Vale Verde, em Cubatão, à Vila Caiçara, em Praia Grande. Segundo a Ecovias, o novo trecho, que possui pontes e viadutos mais largos, é fruto de investimento de R$ 11,5 milhões.

Operações


Até as 13 horas do dia 25 de dezembro, o Sistema Anchieta-Imigrantes vai operar normalmente no esquema 5X5, com descida pelas pistas Sul da Rodovia dos Imigrantes e da Via Anchieta e subida pelas pistas norte das duas rodovias.


Depois desse horário, a concessionária implanta a Operação Descida 7X3, com trânsito para a Baixada pelas duas pistas da Anchieta e Pista Sul da Imigrantes e retorno à Capital pela Pista Norte da Imigrantes. A operação descida será mantida diariamente das 6 às 24 horas até o dia 31 de dezembro.


A partir das 8 horas do dia 1º de janeiro, começa a Operação Subida 2X8, com as duas pistas da Imigrantes e a Norte da Anchieta operando no sentido Capital. Os horários de início e término das operações poderão sofrer alterações em função do volume de tráfego nas rodovias, ressalta a concessionária.

Tempo de viagem no celular


A partir da sexta-feira, os motoristas também poderão programar suas viagens antes de sair de casa, usando o celular para estimar o tempo da viagem, diz a Ecovias. O serviço, que desde o feriado da Independência do Brasil está disponível nos painéis de mensagem variável do Sistema Anchieta-Imigrantes, agora pode ser acessado no endereço http://tempodeviagem.ecovias.com.br. É necessário escolher o ponto de partida e clicar no veículo que aparece na tela.

Fonte: Jornal Acontece /11/12/09