terça-feira, 28 de maio de 2013

Decreto restringe horário de funcionamento de pátios de caminhões

Contra o caos

Créditos: Carlos Nogueira/A Tribuna

 

Encravada entre as quatro maiores rodovias regionais, Cubatão sentiu o reflexo dos congestionamentos provocados pelo excesso de caminhões rumo ao Porto de Santos nesta sexta-feira. Para evitar novos entraves na mobilidade urbana, o Município resolveu declarar guerra à raiz da questão: as empresas transportadoras e os três pátios reguladores instalados na Cidade.

O ultimado é amparado no Decreto Municipal 10.048/13 que limita o horário das operações de caminhões entre 8 e 18 horas. A determinação entrará em vigor na próxima semana.

“Mandamos, em março, cartas a todas as empresas (da cidade) informando a nossa futura decisão. Até hoje (ontem), nenhuma nos respondeu”, diz a prefeita Marcia Rosa (PT). A determinação atende a um pedido das indústrias. Atualmente, as áreas de triagem operam 24 horas. Com o novo intervalo permitido às operações, é esperado menos transtorno na troca de turnos de produção na indústria. Nos últimos meses, foram registrados até quatro horas de atraso.

Polo industrial

Os congestionamentos registrados desde a madrugada de ontem voltaram a provocar prejuízos ao polo de Cubatão, retomando um quadro que parecia resolvido e que, temem os dirigentes de indústrias, caminha para se tornar rotineiro.

Trabalhadores tiveram que descer de ônibus e caminhar a pé, para chegar às fábricas com ‘apenas’ uma ou duas horas de atraso. Os turnos da meia-noite de quinta-feira foram substituídos mais de uma hora depois, porque os congestionamentos começaram a se formar na noite desse dia e se prolongaram pela madrugada.

“Hoje (ontem) vivemos um quadro de caos geral. Não se podia chegar às indústrias de Cubatão sem sofrer com o congestionamento”, assinala o primeiro vice-diretor da regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Cubatão, Raul Elias Pinto.

Mas ontem sofreram com congestionamentos de caminhões que não puderam descarregar na margem esquerda do Porto de Santos, em Guarujá, e foram remetidos de volta para os pátios reguladores de estacionamento instalados em Cubatão.

As indústrias localizadas à direita da pista da Cônego Domênico Rangoni ficaram isoladas debaixo do viaduto sobre a linha férrea, tomado pelos caminhões que acessavam o Ecopátio.

O epicentro dos problemas, segundo vários dirigentes de indústrias que preferem deixar ao Ciesp a responsabilidade pelo pensamento conjunto do polo, são os três pátios de estacionamentos de caminhões que demandam ao porto: Locatelli, Rodopark e Ecopátio.

“Realmente, as informações que recebemos indicam que os problemas começaram no Rodopark, que saturaram as rodovias Anchieta e Cônego Domênico Rangoni e também as marginais do Casqueiro e da Alemoa”, explica Raul. “E criou um quadro de insegurança, pois todos ficaram sujeitos a assaltos e ao risco de acidentes”.
 
Fonte: A Tribuna On-line/Eduardo Brandão e Manuel Alves Fernandes

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