Via arterial, ligando área industrial à região portuária, sem passar pelo centro urbano, foi a sugestão feita no Fórum Internacional do Porto de Santos
Defendida
pela prefeita Marcia Rosa, durante a mesa-redonda "Os problemas logísticos do
Porto de Santos e soluções a curto, médio e longo prazos", a proposta visa a
tirar do complexo Anchieta-Imigrantes e ao mesmo tempo da área urbana de
Cubatão, o tráfego de milhares de caminhões que, diariamente, circulam entre a
zona industrial e a portuária, causando, principalmente na época de grandes
safras de grãos, gigantescos congestiomentos em toda a Baixada Santista.
Denominada "Via Arterial Porto-Indústria", a nova ligação teria 11
quilômetros de extensão e não se limitaria a ser uma estrada para atender apenas
o sistema rodoviário. "Ela comportaria também dutos para escoamento de produtos
petroquímicos, sistema ferroviário e daria suporte ao sistema hidroviário
formado pelo canal do porto, o qual atenderia, inclusive, o transporte de
passageiros", explicou Marcia Rosa.
A via arterial teria como pontos extremos a Rodovia Cônego Domênico
Rangoni, nas imediações da Usiminas, e a região da Alamoa, em Santos.
Na justificativa de sua proposta, a prefeita lembrou que a via arterial representaria a solução de problemas específicos de Cubatão, mas, também, eliminaria um gargalo logístico que afeta toda a Baixada Santista. "Hoje, quando há os grandes congestionamentos causados pelos caminhões, Cubatão para, e quando isso ocorre não há comunicação entre um bairro e outro. Crianças ficam de dois a três dias sem poderem ir à escola. No que se refere à Baixada, a região fica toda travada".
Diante disso, conforme a prefeita, é fundamental que, paralelamente aos problemas de cada cidade, seja pensada a solução dos problemas da região de maneira global. "Não aceito a concepção de que o porto é de Santos. O porto é de toda a Baixada Santista. E suas operações não se limitam a acolher um navio que chega ao cais para carga ou descarga de mercadorias. Tem implicações muito maiores em toda a região".
A prefeita lamentou que a Baixada Santista não tenha até hoje sequer um
plano de diretrizes de desenvolvimento regional.
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