sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cidades da região passam a fazer parte de programa inédito contra exploração sexual

Prostituição infantil na BR 116

Os municípios de Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente passam a fazer parte de um programa inédito no Brasil de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. O projeto chama-se Ação Proteção e terá início no próximo mês.

A iniciativa é da Fundação Telefônica, que iniciará a capacitação de conselheiros tutelares, técnicos do poder público e profissionais de organizações da sociedade civil.

O objetivo é fazer um diagnóstico sobre a situação nessas cidades, criar estratégias de combate ao abuso e à exploração sexual infanto-juvenil e sensibilizar a população sobre o tema.

No total, 25 cidades das regiões de São José do Rio Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Vale do Ribeira e Baixada Santista serão alvos dessas atividades.

O projeto terá três anos de duração. A formação dos agentes ocorrerá por meio de oficinas presenciais. A aprendizagem também ocorrerá pela internet, via bate-bapo, fóruns e recebimento de textos de apoio.

Compensação

Em entrevista exclusiva para A Tribuna, o diretor-presidente da entidade, Sérgio Mindlin, explicou que o Ação Proteção começou a ser idealizado, no ano passado, a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público do Estado (MPE).


Em 2009, a Telefônica foi acionada pelo órgão e recebeu uma multa da Justiça por conta de problemas na operação de serviços de banda larga.

"O próprio órgão sugeriu que a empresa, ao invés de pagar a quantia determinada, investisse numa ação social no combate à violência sexual infanto-juvenil, porque essa é uma das grandes preocupações do MPE", ressaltou.

O representante da entidade explicou que a ideia da iniciativa não é criar uma nova estrutura nos cinco municípios da Baixada Santista.

"Queremos fortalecer as ações do sistema de garantia de direitos das crianças e adolescentes dessas cidades, como os conselhos tutelares e profissionais das prefeituras", destacou.

Uma das principais tarefas dos participantes do programa serádar apoio à implementação dos planos municipais de enfrentamentoàviolência sexual.


Campanha

Após o trabalho de capacitação com os agentes, está prevista a realização de uma grande campanha publicitária nos meios de comunicação locais para chamar a atenção da população para o assunto.

"Para prevenir esse tipo de situação, entendemos que é preciso haver um grande envolvimento das famílias e comprometimentoda sociedade em denunciar casos de exploração sexual infanto-juvenil".

Fonte: Sandro Thadeu da A Tribuna de Santos
 

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