quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Projeto que extingue 42 cargos comissionados é aprovado na Câmara de Cubatão

Troca de farpas



Severino Tarcício da Silva, o Dóda (à esquerda), e Adeíldo Heliodoro, o Dinho, trocaram provocações

O Projeto de Lei (PL) que extingue 42 cargos comissionados na Câmara de Cubatão para a próxima legislatura foi aprovado na sessão de ontem. Apesar de ser o principal assunto da pauta, ele foi um mero coadjuvante diante do ríspido embate entre vereadores da situação, da oposição e de militantes políticos.

Eles quase chegaram a se agredir nas galerias do Poder Legislativo. Em plenário, Adeíldo Heliodoro, o Dinho, e Paulo Tito (PT), se digladiavam com os oposicionistas Severino Tarcício da Silva, o Dóda (PDT), José Roberto Azzoline Soares, o Alemão (PSB), e Geraldo Guedes (PR).

Apesar do clima quente,os parlamentares debateram no limite do respeito. Mas nas galerias, parte da torcida da oposição e também da situação protagonizavam cenas que chamariam atenção até em jogo de futebol de várzea. Quando os apoiadores da prefeita Marcia Rosa pediam a palavra, eram interrompidos por manifestações e muitas vezes insultos do público. O mesmo acontecia com os vereadores da oposição, que foram interpelados por diversas vezes.

A agitação dos torcedores era tão grande que o presidente da Câmara, Donizete Tavares do Nascimento, agora no PSC, perdeu as contas de quantas vezes foi obrigado a chamar a atenção do público para que a sessão desse continuidade. A Polícia Militar foi acionada e Donizete ameaçou diversas vezes esvaziar o plenário e dar continuidade apenas com os 11 parlamentares e a imprensa no plenário.

Dóda e Dinho roubaram a cena com os principais embates. Nos temas centrais das discussões, acusações de ambos os lados. Enquanto o Dóda criticava o aluguel de veículos da Prefeitura e questionava a política adotada pela prefeita, Dinho rebatia. Bradava as "realizações do atual governo" e desafiava o parlamentar da oposição a comparar os oito anos da gestão Clermont Silveira Castor com os dois anos e meio de Marcia Rosa.

Por muitas vezes, os vereadores se exaltavam a ponto de gritar ao microfone. Em tom irônico, Alemão pediu calma a Dinho porque "estava preocupado com o estado de saúde" do adversário. Uma das principais reclamações do trio de parlamentares da oposição era o grande número de funcionários comissionados do atual Governo nas galerias, que teria sido "convocado pela prefeita" para fazer o papel de claque da situação.

A sessão foi a mais agitada do ano e o clima foi tão tenso que contagiou até quem não costuma se pronunciar com frequência. "Há tempo de ouvir e há tempo de falar. E agora chegou o momento de falar", filosofou Aguinaldo Araújo (PDT), que apesar de ser radialista de ofício, não costumava soltar a voz nas sessões.

Fonte: A Tribuna On-line/Thiago Macedo




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