sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Crescimento populacional e insuficiência do tratamento de esgotos pioram qualidade da água

Balneabilidade


O crescimento populacional associado à insuficiência do tratamento de esgotos domésticos na maioria dos municípios litorâneos levaram à piora na qualidade das praias do litoral paulista nos últimos 10 anos. Isso porque os fatores mencionados são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da água. Essa foi a conclusão do Relatório da Qualidade das Praias do Litoral Paulista de 2010, divulgado nesta pela Cetesb.

Apesar do resultado negativo, foi registrada no ano passado uma melhora das condições de balneabilidade na região da Baixada Santista, devido os investimentos em saneamento aplicados na região. Em 2010, 30% da totalidade das praias monitoradas pela Cetesb foram enquadradas nas classificações anuais ótima e boa, ou seja, permaneceram próprias durante os 12 meses. A situação mais crítica, indicada pela classificação péssima, quando as praias permanecem mais da metade do ano na condição imprópria, representou 12% do total.

Já no litoral norte, houve uma redução da porcentagem de praias próprias em 2010. Um dos motivos da queda seria a questão do tratamento de esgoto. Conforme apresentado no documento do órgão ambiental, Santos conta com 97% da Cidade atendida por rede de coleta de esgoto. Enquanto isso, Ilhabela tem apenas 4%.

Além disso, o litoral norte foi afetado, em 2010, pelo registro de um pico de chuva em maio, que resultou na impropriedade de muitas praias consideradas boas ao longo de muitos anos, principalmente em São Sebastião.

Já no litoral sul, que inclui as praias de Mongaguá, Peruíbe, Santos, Guarujá, Praia Grande, São Vicente, Peruíbe, Itanhaém, o relatório da Cetesb constatou uma significativa oscilação nos valores dos últimos 10 anos. Em 2006, 40% das praias foram consideradas próprias. De 2007 em diante esse valor ficou em torno de 80%, com exceção apenas para 2009, quando esse valor foi de 60%. O crescimento da população na região foi de 13% em média.

Em Santos, são monitorados sete pontos de amostragem localizados em seis praias, sendo dois pontos na praia de José Menino, entre os canais 1 e 2. Ao se comparar 2009 com 2010, é possível perceber melhora, com 86% das praias classificada como ruim e 14% como péssima (uma praia), enquanto que em 2009, 57% foram classificadas como ruim e 43% como péssima (três praias).

A média de propriedade das praias aumentou levemente, de 52% em 2009 para 56% em 2010. O local mais comprometido em relação à qualidade foi o da praia José Menino, cuja classificação anual foi péssima.

Apesar da melhora observada em Santos no último ano, de acordo com o relatório, desde 2003 o município não registra mais praias regulares, sendo a maioria classificada como ruim.

Em Bertioga e Guarujá, foi apontado que não há mais o registro de praias ótimas desde 2006, apesar da melhora nas condições de balneabilidade nos dois últimos anos. No município de São Vicente apenas a praia de Ilha Porchat é classificada como regular, sendo que Milionários e Gonzaguinha permaneceram péssimas nesses últimos dez anos.

Em Praia Grande observa-se que três praias do trecho norte foram classificadas como regulares, enquanto as demais foram classificadas como péssimas. Em Mongaguá manteve-se uma qualificação similar nos últimos anos com praias regulares e ruins. Em Itanhaém e Peruíbe registrou-se pequena melhora em 2010.

Fonte: A Tribuna On-line





 

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