segunda-feira, 1 de março de 2010

Cubatão não tem efetivo adequado para segurança

Violência

Os efetivos da Polícia Militar e Civil, em Cubatão, estão abaixo dos números considerados essenciais para garantir, em nível de qualidade, a segurança pública em uma cidade com 130 mil habitantes.

No primeiro caso, chegam a 75% do recomendável. E, para manter em operação uma Polícia Judiciária mais eficaz, o número de policiais civis nas três delegacias da Cidade também precisa, no mínimo, triplicar.

Esses números foram apresentados na sexta-feira, durante reunião no Fórum de Cubatão proposta pelos promotores públicos da Comarca, como o primeiro esforço conjunto em busca de alternativas para tornar mais eficaz o combate à criminalidade no Município.

Entre os participantes do encontro estiveram os comandos das polícias Militar (major José Messina) e Civil (delegado titular Justino Matos Júnior), além da prefeita Marcia Rosa.

Embora a Polícia Militar espere receber um pequeno reforço até meados do ano, há mais um componente a dificultar o aumento dos efetivos na cidade: os salários da PM em municípios com menos habitantes, como Cubatão, são mais baixos que em outros centros.

E, no caso de funcionários da Polícia Civil, ser deslocado para Cubatão é encarado como uma espécie de “castigo”.

Reuniões mensais

O encontro serviu também para iniciar o traçado de um mapa dos conflitos de segurança e unir esforços dos policiais, Ministério Público e Prefeitura para apontar os pontos fracos e ressaltar a busca de apoio dos governos Estadual e Federal, e do Judiciário, para fortalecer a sociedade contra o avanço da violência.

Além do reforço do policiamento, os promotores recomendaram à Administração Municipal o reforço da aplicação de políticas sociais estabelecidas na Agenda 21, no atendimento às necessidades das famílias, crianças e adolescentes. Entre essas propostas estão a intensificação da criação de cursos de formação profissional que preparemos adolescentes para o emprego, alternativas para que deixem o caminho do tráfico e do crime organizado.

Um levantamento do policiamento Civil e Militar indicou que, em determinadas áreas dos bairros periféricos da Vila dos Pescadores e da região das vilas Caic e Esperança, concentram-se maiores nichos de tráfico. Os representantes dessas instituições decidiram reunir-se mensalmente no Fórum, até encontrarem formas de ajudar a reverter o quadro atual. Paralelamente, a Polícia Militar realizará blitz mais frequentes nas áreas de maior conflito e em bairros onde o número de assaltos e roubos tem sido maior.

Entre esses pontos está o trecho da marginal da Via Anchieta, em frente ao Jardim Casqueiro, onde a Ecovias colocou uma série de lombadas que, se reduziram o número de acidentes, contribuíram para aumentar o de assaltos a motoristas, que são obrigados a reduzir a velocidade.
 
Fonte: Manuel Alves Fernandes

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